Marie Curie e Pierre Curie |
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Marie Curie |
Introdução
Marie Curie nasceu em Varsóvia na Polônia em 1867. Ganhadora de dois prêmios Nobel. Descobriu um composto novo que denominou polônio e junto com seu esposo Pierre Curie, ela descobriu a radioatividade.Sua Contribuição na ciência foi de estrema importância, já que depois que descobriu o rádio e publicou seu artigo intitulado “A causa e a natureza da radioatividade” que enfatiza uma diferença essencial entre os raios X e a radioatividade, os raios X eram produzidos quando uma substância era bombardeada, ao passo que a radioatividade ocorria espontaneamente com isso Rutherford e Soddy concluíram que a radioatividade era um fenômeno atômico que ocorria dentro do átomo, assim a teoria da bola de bilhar se espatifou e assim a era da física clássica estava saindo e entrando a nova era da física nuclear.A radioatividade geralmente provém de isótopos como urânio-235, césio-137, cobalto-60, tório-232, que são fisicamente instáveis e radioativos, possuindo uma constante e lenta desintegração. Tais isótopos liberam energia através de ondas eletromagnéticas (raio gama) ou partículas subatômicas em alta velocidade: é o que chamamos de radiação. O contato da radiação com seres vivos não é o que podemos chamar de uma boa relação.A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear; e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos.
A pesquisa de Curie
Após a descoberta do Raio X por Rontgen, Henri Becquerel instigado pelo Raio X, continuou a pesquisa do pai sobre fluorescência e a fosforescência, assim Becquerel fez sua pesquisa com cristal de sulfato de potássio uranilo e a sua fluorescência. Marie Curie interessada no novo elemento Raio X e na pesquisa de Becquerel começou em 16 de dezembro de 1897 uma pesquisa com radiação emitida por sulfato de potássio uranilo numa réplica no experimento de Becquerel. Marie Curie confirmou o que Becquerel já sabia, que a “radioatividade” termo que ela mesma atribuiu a radiação, eletrificava o ar através do qual passava. O ar tornava-se ionizado, portanto capaz de conduzir eletricidade. Em seguida ela começou a estudar vários compostos diferentes do urânio e verificou que a pechblenda (minério betuminoso negro-marrom, uma forma de óxido de urânio) era altamente radioativa, Marie descobriu uma importante fonte da radioatividade, essa substancia não eram compostos de urânio essa propriedade pertencia aos próprios átomos de urânio.Com ajuda de Pierre Curie, Marie deu inicio a sua pesquisa para descobrir qual era aquele elemento desconhecido da pechblenda. Primeiro ela precisava isolar esse elemento, isso envolvia refinar o minério por meio de tratamento químico e repetida a destilação. Em julho de 1898, Marie e Pierre já tinham conseguido extrair algumas quantidades mínimas de pó de bismuto que continha o novo elemento foi chamado de polônio. Eles descobriram que o polônio era 400 vezes mais radioativo que o urânio. Os Curies continuaram suas pesquisas e conseguiram isolar em algumas quantidades de pó de bário um novo elemento radioativo que foi denominado de Rádio. Assim os Curies começaram a examinar as propriedades do rádio que parecia emitir um fluxo contínuo de intensa energia, sem com isso reduzir-se, também se descobriu que um grama de rádio emitia 140 calorias por hora o suficiente para ferver água. O rádio tinha uma fortíssima fonte de energia. Nesse mesmo período Pierre Curie descobriu a radioatividade induzida.Em 1902 eles publicaram uma artigo intitulado “A causa e a natureza da radioatividade” que enfatizou uma diferença essencial entre os raios X e a radioatividade. Após esse artigo e as pesquisas de Rutherford e Soddy concluíram que a radioatividade era um fenômeno atômico que ocorria dentro do átomo, assim a teoria da bola de bilhar foi derrubada e assim a era da física clássica estava saindo e entrando a nova era da física nuclear.Em 1903 Marie Curie, Pierre Curie e Henri Becquerel foram contemplados com o premio Nobel de física.Os Curies achavam que o rádio se mostraria utilíssimo em tratamentos médicos. Pierre doou parte de seus sais de rádio ao chefe de dermatologia do hospital Saint-Louis, em Paris.Em 1904 médicos parisienses que trabalhavam com amostras de rádios dos Curies identificaram que o rádio era mais eficaz no tratamento de tumores que o raio X. Em 1906 um cirurgião de Nova York , dr. Robert Abbe inseriu diretamente uma capsula de rádio em um tecido doente onde os raios x não conseguia atingir, obtendo assim as primeiras curas norte-americanas. Quando o dr. C.J. Gauss, um especialista de terapia pelo rádio, anunciou os resultados positivos obtidos pelo tratamento com o rádio. Em 1935 o rádio tornou-se o material de tratamento preferível. Em 1911 Marie Curie teve a segunda premiação do premio Nobel de ciências. Em 1920 o rádio passou a ser visto como uma cura milagrosa para todos os males Durante a Primeira Guerra Mundial, Curie propôs o uso da radiografia móvel para o tratamento de soldados feridos. Em 1921 visitou os Estados Unidos, onde foi recebida triunfalmente. O motivo da viagem era arrecadar fundos para a pesquisa. Nos seus últimos anos foi assediada por muitos físicos e produtores de cosméticos, que faziam uso de material radioativo sem precauções. Visitou também o Brasil, atraída pela fama das águas radioativas de Lindoia.Em janeiro de 1934, o casal Irène Curie e Frédéric Joliot, filha e genro de Marie Curie, com um experimento que consistiu em bombardeamento de uma folha de alumino 27 com partículas alfas, foi observado a criação de um novo isótopo radioativo, ou radioisótopos que não existiam na natureza, através do bombardeamento de um núcleo estável, assim respectivamente descobriram a radiatividade artificial que levou em 1935 a ganhar o premio Nobel de Química.
Impactos e Consequências
A radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e por isso é utilizada em diferentes áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria é utilizada para obter energia nuclear; e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos.
Radiografia: O nome usual para essa tecnologia é radiografia. Quando uma pessoa é submetida à radiografia, é colocada entre o ponto de emissão da radiação e uma chapa fotográfica, ocorrendo uma exposição muito rápida à radiação. A radiografia tem aplicações importantes na medicina, na indústria da construção mecânica e no estudo físico de metais e das ligas metálicas.
Radioterapia: A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes, tem capacidade de destruir células, por isso representa hoje uma importante arma no combate ao câncer. A radioterapia pode ser empregada com o objetivo de eliminar totalmente o câncer, visando à cura do paciente, ou para diminuir os sintomas da doença, evitando as possíveis complicações decorrentes da presença e crescimento do tumor
Industria
Detecção de vazamentos: para detectar pequenos vazamentos em tubulações de água, costumava-se usar escavadeiras para retirar a terra. No entanto, hoje há um processo muito menos trabalhoso, em que se usam os radioisótopos 24Na ou o 131I. O sódio radioativo pode ser introduzido na tubulação na forma de carbonato, que é solúvel em água. O contador Geiger é então usado para rastrear as emissões desse isótopo que, no local do vazamento, registra emissões muito superiores às regulares dos lugares onde não há vazamento.
O projeto Manhattan: Tinha como objetivo desenvolver e construir armas nucleares. Tal projeto foi assim chamando por estar ligado ao Distrito de engenharia de Manhattan, do Exercito dos EUA. No dia 16 de julho de 1945, no estado do Novo México nos EUA foi detonada a primeira bomba da historia, feita de energia nuclear da purificação de Urânio- 235.
As bombas de Hiroshima e Nagasaki: Na manhã de 6 de agosto de 1945, na cidade de Hiroshima, Japão um avião americano soltou uma bomba feita de urânio-235, devido a reação em cadeia ocorreu uma intensa liberação de calor ocorreu incêndios, a cidade de Hiroshima foi destruída e 90 mil pessoas morreram no mesmo dia. No dia 9 a cidade de Nagasaki foi ataca, a bomba consistia em hemisférios de plutônio unidos a explosivos convencionais, o lançamento da bomba resultou em mortes imediatas de 40 mil pessoas.
O acidente nuclear em Chernobyl: Em 26 de abril de 1986 na atual Ucrânia ocorreu o mais grave acidente nuclear da historia. Devido a explosão de um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de Chernobyl, lançou na atmosfera uma nuvem de radiação, desencadeando uma reação em cadeia fora do controle. A força da explosão liberou uma nuvem radioativa que atingiu União soviética, hoje os países de Belarus, Ucrânia, Rússia e todo o norte e centro da Europa. O total de mortos diretamente relacionado ao acidente no reator foi de 31 pessoas, outros 237 trabalhadores foram hospitalizados com sintomas da exposição aos níveis altos da radiação ao redor do reator e dados oficiais, estima-se que 8.400.000 pessoas em Belarus, Ucrânia e Rússia foram exposta a radiação que pode levar ao aparecimento de câncer, fetos deformados, alterações gênicas.
Discussão e Conclusão
A
partir da escolha deste tema como objeto de estudo, vimos quão ligados estão estes três eixos que são a ciência, tecnologia e sociedade.
De alguma maneira, com maior ou menor grau de intensidade, um terá influências
sobre os outros. Marie Curie quebrou padrões ao ser uma mulher e se dedicar à
ciência, dando enormes contribuições à ciência, com descobertas que são objetos
de estudo e de avanços até hoje tanto na tecnologia quanto na medicina, e
também alterando a sociedade, ganhando prêmios nunca antes alcançados por
mulheres.
Referências
Bibliográficas
GOLDSMITH, Barbara. Gênio
obsessivo: o mundo interior de Marie Curie. São Paulo: Companhia das
Letras, 2006. 222 p. (coleção grandes descobertas)
STRATHERN, Paul. Curie
e a radioatividade em 90 minutos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. 89 p.
(Cientistas em 90 minutos)
http://www.scielo.br/pdf/qn/v30n1/18.pdf,
acessada em março de 2013.
http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/pontos_vista/pontos_vista_divulgacao2-1.html, acessada em março de 2013.
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